sexta-feira, 26 de julho de 2013

Profissão professor: em extinção?



Estando em sala de aula há aproximadamente 17 anos observo cada vez menos o número de jovens que se interessam pela profissão do magistério, mesmo aqueles que apresentam vocação em transmitir educação e cultura demonstram certa revelia.
Essa resistência está associada às condições de trabalho e proventos as quais vão proporcionar futuramente uma condição vida ao individuo e a sua família.
Em geral, toda sociedade se mostra preocupada com as questões que envolvem a educação em nosso país, como por exemplo: o problema de aprendizado dos filhos associada à falta de professores e as más condições de segurança presente em algumas escolas.
Mas, ser professor é um grande desafio e não me refiro aqui apenas à questão salarial. Segundo matéria publicada na folha em 2012, 32% das escolas sofrem com as aulas vagas, a secretaria do estado justifica que o problema é causado pelos processos de aposentadoria e substituições por licença à saúde gerando os constantes déficits de profissionais na rede.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicou em seus estudos que a média de salários em geral dos professores da educação básica no Brasil hoje equivale a uma projeção de 49% dos outros profissionais com nível superior, como engenheiro civil e médico que são os melhores remunerados segundo o ranking.
Então, se subentende que com há uma diminuição no número de profissionais para atender a essa demanda e vários são os fatores que afastam os nossos jovens da carreira do magistério e não apenas a questão salarial, como muitos poderiam pensar, todavia, estes jovens se espelham nas dificuldades que os professores possuem em conduzir as classes devido a uma série de fatores comportamentais dos adolescentes como a indisciplina e a falta de respeito, levando cada vez mais a desvalorização da arte de ensinar, tornando assim a profissão de professor cada vez menos atrativa.
A adoção sem a devida discussão do sistema da Progressão continuada levou a aplicabilidade de uma promoção quase que automática complicando ainda mais a situação.
A falta de interessados na profissão de professor é uma realidade estimulada pela falta dignidade a que está submetido tão importante profissional e sobretudo de uma política educacional efetiva.

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