quarta-feira, 11 de julho de 2012

Vídeo Show se renova e vive grande fase




Vídeo Show é um dos pilares da programação da Rede Globo. No ar desde 1983, o programa foi criado com a intenção de servir como base de divulgação dos outros programas da casa. Assim, além de prestar um trabalho de entretenimento, mostrando bastidores de novelas, shows e até de jornalísticos, satisfazendo a curiosidade do público, o programa também ajudou a divulgar a programação da emissora e, assim, acostumar o telespectador com isso.

Agora, prestes a completar 30 anos no ar, o show mostra que é preciso criatividade e fôlego para se manter no ar. Perdendo muita audiência, não necessariamente para a concorrência, o que se verifica prioritariamente é uma mudança do perfil do público vespertino que diminuiu drasticamente seu olhar para a TV aberta, a direção precisou se mexer para dar um sopro de inventividade e, assim, justificar que o programa não fosse retirado da grade.

Após um ano muito difícil em 2011, cujos equívocos da direção saltavam aos olhos e, o público se afastou completamente do Vídeo-Show, optando por outros programas e, com isso, fazendo com que a concorrência chegasse a ultrapassar a Globo na liderança de audiência em alguns momentos, 2012 parece ser um ano bem mais tranquilo e promissor.

Se a responsabilidade pelos equívocos no formato de 2011 foram atribuídos à direção - e com razão - os acertos de 2012 também devem ser creditados a ela. Boninho, diretor de núcleo do programa, mostrou-se plenamente capaz de reerguer e salvar o Vídeo-Show. É bem verdade que no ano passado sua experiência mostrou-se equivocada, mas ele não demonstrou desespero e soube costurar correções, inserir novos quadros e dar fôlego ao programa.

O atual momento é promissor. Os quadros chamam o interesse do telespectador e consegue, com maestria, brincar com o imaginário do público. A ideia de se trabalhar em duas frentes, a divulgação da atual programação da Globo saciando a curiosidade do público sobre determinado produto e, ao mesmo tempo, levar nostalgia para a telinha relembrando os grandes sucessos da emissora, foi a receita ideal para agregar público ao programa e vem dando resultados.

É bem verdade que a apresentação ainda é o calcanhar de aquiles do novo modelo do programa. André Marques e Ana Furtado não conseguem transmitir qualquer química na frente das câmeras e não agradam. Porém, é preciso reconhecer que, muito disso se deve ao roteiro extremamente superficial que lhes é entregue. Os diálogos irreais e sem nenhuma naturalidade de ambos é mais culpa de um roteiro que não explora com mais cuidado e não lhes dá o poder de improviso. Talvez porque eles não consigam improvisar, mas o fato é que o roteiro não colabora e é o ajuste que falta para o programa se tornar imperdível.

Vídeo-Show vive uma excelente fase e é a melhor opção vespertina para o telespectador. Está longe de ser o programa sensacional que foi no fim da década de 90 com a brilhante apresentação de Miguel Fallabella, mas está infinitamente melhor do que vinha sendo nos últimos anos. O mais importante é que deixou de ser um programa que parecia tapa-buraco e voltou a ganhar vida. Vale a pena conferir.
 

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