quinta-feira, 26 de julho de 2012

Professores negam proposta e greve nas universidades continua na Bahia

Os professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que participaram da assembleia-geral nesta quarta-feira (25) sobre a greve no ensino superior, que dura quase dois meses, decidiram pela manutenção do movimento. A sessão ocorreu na Faculdade de Arquitetura, emSalvador, e contou com a presença de cerca de 190 pessoas, segundo o sindicato APUB.
O professor Miguel Accioly, que integra o comando de greve no estado, diz que a novaproposta mantém perdas salariais tendo em vista a perspectiva de inflação feita pelo próprio governo. "Não fornece aumento porque sofre perdas com a inflação. Além disso, não foi apresentado nada em relação à estrutura da carreira, que não é somente o salário. Tmos que ter critérios para a progressão. Não temos garantia. Não temos recomposição salarial. Se a inflação for mantida como prevê o governo, teremos perda; se for maior, não poderemos mais negociar, porque o acordo já vai ter sido fechado", argumenta o grevista da APUB.
Pela nova proposta, o reajuste mínimo passaria de 12% para 25%; o máximo, para professores com titulação maior e em dedicação exclusiva, permaneceria em 40%, além dos 4% concedidos pelo governo numa medida provisória. O aumento seria dado já a partir de março de 2013, e não mais no segundo semestre do ano que vem. O custo total, para os próximos três anos, seria de R$ 4,2 bilhões, em vez de R$ 3,9 bilhões, como previsto na proposta anterior, rejeitada pelos professores.
A Bahia possui três instituições de ensino superior federais: a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
Categoria dividida
A rejeição da proposta do governo não é consenso entre os sindicatos que representam a categoria. O conselho deliberativo do Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) informou, em nota, que sugeriu aos sindicatos locais que façam suas assembleias e votem favoravelmente à nova proposta para que a greve seja encerrada.
"Os Ministérios da Educação e do Planejamento retiraram os pontos que feriam a autonomia universitária, anteciparam para março o pagamento dos reajustes anuais, e retiram as barreiras para progressão no Magistério Superior e no Ensino Básico, Técnico, e Tecnológico", diz o texto.

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