terça-feira, 24 de julho de 2012

Governo cede e vai oferecer reajuste maior para professores em greve




O governo apresentou uma nova proposta para os professors federais em greve. Em negociação, que está acontecendo desde às 17h desta terça-feira (24), representantes do Ministério do Planejamento apresentaram uma proposta que prevê um aumento de 25% no piso dos docentes.

Fontes do Ministério da Educação revelaram ao R7 que, se a nova proposta for aceita, o aumento passaria a valer a partir de março de 2013.
O reajuste inicial representaria R$ 3,9 bilhões de impacto no orçamento federal. O governo também pode cortar os salários dos grevistas, caso as universidades enviem ao ministério os dados dos professores que aderirem à paralisação.
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Por outro lado, o governo estuda outras propostas apresentadas pelo movimento grevista. A presidente do Andes, Marinalva Oliveira, explica que a principal reivindicação diz respeito à progressão de carreira.

— Nós reivindicamos correção de distorções para que não haja perdas salariais. A proposta atual traz perdas a três quartos da categoria, beneficiando apenas 5%. Além disso, impõe barreira à progressão dos professores. Por isso, 58 associações sindicais rejeitaram a proposta.

Segunda o Andes, enquanto um professor assistente 2, que tem mestrado, receberia 46,2% a mais pela dedicação exclusiva, o professor titular doutor teria o acréscimo de 130% e o professor auxiliar, 54%.
Grupo de trabalho
Para resolver o impasse, o secretário de ensino Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, sugere a criação de um Grupo de Trabalho entre entidades que representam as instituições de ensino, universidades e governo.

— Creio que devemos montar um grupo de trabalho para identificar quais são os pontos centrais da proposta e as exigências. Mas o governo está aberto a um acordo de progressão.

As negociações continuam nesta terça-feira (23). A greve das federais começou no dia 17 de maio e afeta 59 universidades e 34 institutos de educação.

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