Pagamento maior e flexibilidade nos horários são motivos para mudança.
Tempo livre é dedicado aos estudos para outros campos de atuação.
A diarista Joanice Santos deixou para trás os tempos de doméstica com carteira assinada e salário mínimo. Hoje, ela é estudante e prefere receber por dia de trabalho. Com isso, ganha R$ 1.100 por mês, quase o dobro do que recebia antes.
O outro motivo para buscar horários mais flexíveis é o curso de técnica de enfermagem. “Eu vim de escola pública, então é para ir me qualificando aos poucos, e aí eu vou fazer a faculdade. Tenho o sonho de realmente ser enfermeira”, conta.
A patroa Ana Salles diz que a rotina puxada de Joanice não prejudica o serviço em casa. " A gente tem que se enquadrar um pouquinho no horário dela e ela na necessidade da gente, mas, no final, funciona", avalia.
Dona Marta Santos faz faxina duas vezes por semana porque também resolveu estudar. Ela é aluna do curso de estudos de gênero na Universidade Federal da Bahia, que forma profissionais para elaborar políticas públicas.
O outro local de trabalho dela é no Grupo Especial de Defesa da Mulher do Ministério Público da Bahia, onde ela dá expediente diariamente, das 8h às 12h, como estagiária. O curso termina no ano que vem e ela sonha chegar bem longe. "Uma Ong na África, trabalhar com pessoas que necessitam de um braço guerreiro. Eu sou muito focada, sou muito determinada, ao extremo", diz.
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