A nota afirma que os descontos regulares referentes ao CredCesta ocorreram antes do fechamento da folha de abril, assim como também do Planserv. As compras, diz a nota, ficam vinculadas à disponibilidade de margem consignável.
Essa vinculação ocorreu uma vez que os salários dos professores foram cortados e, consequentemente, o Credcesta da mesma forma ficou sem margem consignável. 
Antes os petista criticavam a criação da Cesta do Povo, cuja semelhança está ligada à prática exercida pelos antigos coronéis do cacau lá pelos idos da década de 20 quando, com o controle de um "barracão" sortido de variadas mercadorias, obrigavam seus trabalhadores a comprar seus mantimentos, tecidos, ferramentas, dentre outros para desconto em folha de pagamento.
Como a maioria dos trabalhadores eram analfabetos e não conheciam as manobras de seus patrões-coronéis, pagavam caro pelos produtos disponibilizados por seus patrões em seus barracões. Resultado: sempre ficavam devedores e reféns dos patrões e, portanto, impedidos de deixarem as fazendas onde trabalhavam.
A Cesta do Povo, antes criadas para atender à população mais carente e beneficiar a fornecedores ligados ao governo, passou a disponibilizar uma linha de crédito para os funcionários públicos estaduais. No início, cada servidor recebia, no seu contracheque uma parte destacável com o valor limite para as compras. Depois, com a evolução, cada um passou a receber um cartão magnéticos com valores de acordo com sua margem consignável.
Mudam-se os governos, as siglas partidárias mas as práticas continuam a mesma. E Wagner não fugiu á regra.