domingo, 20 de maio de 2012

Itabuna tem apenas 11.600 com curso superior

Segundo o IBGE, que disponibilizou novos dados sobre os moradores dos 5.564 municípios brasileiros. A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostra uma situação caótica nos municípios do sul da Bahia. uesc
      Em quase todas as localidades as pessoas que conseguem entrar para uma faculdade ou universidade representam menos de 5% da população. Em Itabuna, em torno de 6% dos moradores têm curso superior, segundo os resultados gerais do censo, que acabam de ser divulgados.
      Na época em que pesquisa foi realizada, em 2010, eram exatos 11.674 moradores do município com 3º grau completo. 37.577 tinham o segundo grau completo ou estavam cursando e tinham abandonado o ensino superior.
      O IBGE não apresentou um número exato de quantos estavam fazendo o curso superior. Entre os que não tinham concluído o ensino fundamental, foram encontradas 24.855 pessoas. Naquele ano, Itabuna estava com 204.666 habitantes.
      Em Ilhéus, a realidade não era diferente. 9.405 pessoas tinham diploma de curso universitário. Os que estavam cursando o ensino superior ou terminaram o segundo grau somavam 37.577 moradores, sendo que o município tinha na época da pesquisa 184.236 habitantes.
      Dificuldades
      A pesquisa realizada pelo IBGE revela que quanto menor o município, mais difícil para o morador chegar à universidade. Em localidades como Almadina, Arataca, São José da Vitória, Barro Preto, Itapitanga e Floresta Azul a quantidade de universitários era quase insignificante.
      Em Santa Luzia, que tinha 13.344 habitantes, apenas 91 conseguiram chegar lá. Em Pau Brasil, dos 10.852 habitantes, apenas 106 tinham uma formação de nível superior. Itapitanga tinha um desempenho ainda pior, com 71 dos 10.207 habitantes tendo alcançado o seleto grupo.
      Os piores resultados foram apresentados em Almadina e São José da Vitória.
      No primeiro município, que tem 6.357 habitantes, só 47 tinham um diploma universitário. Em São José, o privilegio ficou para 56 pessoas. Neste município, 484 moradores não conseguiram completar o segundo grau. Barro Preto teve um desempenho menos pior, com 92 universitários.
      Distância
      Pelo resultado da pesquisa, fica claro que a distância para a universidade ou faculdade é um dos fatores que dificultam a obtenção do diploma. Isso ficou evidente nos números de Ibicaraí, que durante anos teve uma faculdade e apresentou melhor desempenho entre os municípios menores.
      Eram pelo menos 850 universitários para uma população total de 24.272 habitantes.
      Com base nos dados oficiais, A Região constatou que os municípios do sul da Bahia tinham menos de 50 mil universitários, em uma população de mais de 600 mil pessoas. Os moradores com curso superior em Canavieiras eram 684 e em Camacan eram 431.
      Nos demais municípios eram 185 em Aurelino Leal, 383 em Ubatã, 88 em Gongogi, 232 em Mascote, 225 em Una, 379 em Buerarema, 130 em Floresta Azul, 272 em Ibicuí, 179 em Itagibá, 127 em Ibirapitanga, 122 em Jussari e 70 em Firmino Alves.
      Existiam ainda 158 em Itapé, 389 em Ubaitaba, 337 em Ibirataia, 371 em Iguaí, 352 em Dário Meira, 75 em Itaju do Colônia, 429 em Itajuípe e 284 em Itororó.

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