quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A origem do dia de finados

O  dia dos Mortos, é uma tradição que é milenar. Este é um dos cultos mais antigos e que esteve presente em quase todas as religiões, em especial nas mais antigas. A princípio era ligado aos cultos agrários e de fertilidade. Para os mais antigos, os mortos eram como sementes, e por isso eram enterrados com vistas à ressurreição.O binômio: morte-fertilidade, explica a primitiva celebração de Finados com banquetes perto dos túmulos. Essa associação levou o homem primitivo a implorar a proteção dos mortos para as colheitas e plantações. Na antiguidade greco-romana, o culto das almas (manes) era celebrado com o cerimonial da vegetação. Hipócrates, baseado na mesma crença, afirmou que os espíritos dos defuntos “fazem germinar e crescer as sementes”. Os hindus comemoram os mortos em plena fase da colheita, como a festa principal do período.Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa, mas o dia de Finados só  foi oficialmente instituído pela Igreja Católica no século X e denominado, na liturgia, omnium fidelium defunctorum (“de todos os fiéis defuntos”). Com o passar do tempo, a comemoração ultrapassou seu exclusivo aspecto religioso, para revelar uma feição emotiva: a saudade de quem perdeu entes queridos. Hoje se celebra este dia dizendo: “saudades sim! tristeza não!”Para os católicos, dizer que quando uma pessoa morre tudo acabou não é verdade. Os católicos crêem que o testemunho de vida daquele que morreu fica como luz acesa no coração de quem continua a peregrinação. Para tanto, eles acendem velas no Dia de Finados, buscando celebrar e perpetuar a luz do falecido.A escolha da data se deu em virtude do dia de todos os santos, 1º de novembro, pois os religiosos acreditavam que todas as pessoas, ao morrerem em santidade, entram em estado de graça, mesmo não sendo canonizados.A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de mais de dois mil anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário