segunda-feira, 4 de abril de 2011

"Ana Raio e Zé Trovão" reforça saudades da Manchete



Nesta segunda-feira (04/04), o SBT exibe o último capítulo de “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, clássico da teledramaturgia da Rede Manchete. A emissora de Silvio Santos pretendia, inicialmente, exibir uma versão compacta da novela no período marcado pelo horário eleitoral gratuito.
Só que a atração alcançou índices razoáveis no IBOPE. “Ana Raio e Zé Trovão”, mesmo com a imagem desgastada, ficou entre 6 a 8 pontos, patamar que não ficou tão longe da inédita “Ribeirão do Tempo”, situada na casa dos 10 pontos.
O ritmo da obra dirigida por Jayme Monjardim e escrita por Marcos Caruso e Rita Buzzar apresentou um ritmo mais lento na condução da história em comparação com as atuais produções. O telespectador teve a oportunidade de relaxar à frente da TV com belas imagens e um texto envolvente.
O público pode rever o melhor trabalho da carreira de Ingra Liberato que brilhou no papel da mocinha Ana Raio. A reprise também resgatou alguns atores desaparecidos da mídia, como Tamara Taxman que viveu Dolores Estrada; Luciano Vianna que interpretou Andorinha; e Micaela Goes, a então criança Maria Lua. Os três reapareceram na Rede Globo.
A reapresentação também provocou a pergunta “Por onde anda?”. Charles Möeller, ator que brilhou também em “Xica da Silva”, entre vários outros, que não conseguiram permanecer no vídeo após a “morte” da Rede Manchete, voltaram ao imaginário popular. Já alguns perceberam os efeitos do tempo, como Giuseppe Oristânio, que aparecia simultaneamente na Record.
As novelas “manchetísticas” tinham o DNA da emissora da Família Bloch. As reprises de suas produções provocam o ar saudosista entre os telespectadores que admiravam o canal, hoje substituído no “cardápio” televisivo pela RedeTV! que passados mais de 10 anos não vingou até hoje.

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