sexta-feira, 26 de março de 2010

Petrobras investiu em sete anos R$ 29,6 bilhões para duplicar malha de gasodutos


Com a inauguração hoje (26), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Gasoduto da Integração Sudeste-Nordeste (Gasene), a malha do país passa a contar com 9.219 quilômetros de extensão.

Para que a duplicação fosse possível, foram investidos desde 2003 (quando a malha tinha 5.451 quilômetros de extensão) R$ 29,6 bilhões. Com a conclusão do último trecho do Gasene - o maior gasoduto em extensão construído no Brasil nos últimos dez anos, a oferta de gás para a Região Nordeste duplicará de imediato, pois o gasoduto já entrará em operação com capacidade de transporte de 10 milhões de metros cúbicos por dia.

Com 28 polegadas de diâmetro, o gasoduto, no entanto, terá capacidade para transportar até 20 milhões de metros cúbicos por dia. Para isso, mais quatro estações de compressão terão que ser construídas – o que ocorrerá obedecendo às exigências do mercado.

Ao chegar Parque de Exposição Antônio Setenta, em Itabuna, no sul da Bahia, onde foi realizada a cerimônia de inauguração, Lula se deparou com manifestações de indígenas e produtores de cacau.

Com faixas e cartazes, os protestos contrapõem índios e pequenos produtores de cacau. De um lado, os índios querem a agilização, por parte da Fundação Nacional do Índio (Funai), da ocupação de uma reserva já demarcada pelo órgão, envolvendo 45 mil hectares, nos municípios de Buerarema, Una e Ilhéus, enquanto os pequenos produtores defendem o direito de continuar em suas terras.

A outra manifestação envolve todos os pequenos e grandes produtores de cacau da região, que reivindicam a renegociação de suas dívidas com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal e a implantação do PAC do Cacau.

O Plano de Desenvolvimento e Diversificação Agrícola na Região Cacaueira do Estado da Bahia (PAC do Cacau) foi implementado pelo governo, por meio do Ministério da Agricultura, e recebeu a adesão dos produtores em janeiro de 2009. Ele envolve o financiamento, até 2016, de R$ 2,2 bilhões a serem concedidos aos produtores da região para a revitalização da lavoura de cacau, além da renegociação da dívida do setor que totaliza R$ 963,58 milhões.

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