Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (1º), em Salvador, os professores das escolas públicas estaduais da Bahia decidiram pela continuidade da paralisação no ensino. Apesar de mais uma vez apresentarem a postura mantida há 113 dias, os grevistas apontaram opção de saída para o fim da greve, que pode terminar na sexta-feira (3).
"Se o governo nos garantir até amanhã [quinta-feira], comprovado em documento, os itens já apresentados pela categoria, vamos suspender a greve e continuar o movimento. Nós queremos atestado em documento a segurança de que os demitidos durante a greve serão readmitidos, queremos a suspensão de processos contra profissionais em estágio probatório, devolução dos salários e da receita da APLB, e a retirada de todos os processos contra o sindicato", afirmou ao G1 o líder grevista Rui Oliveira.
De acordo com o secretário Robinson Almeida, o documento protocolado foi recebido e está sendo avaliado pelo Governo da Bahia, por volta das 17h30. A pauta foi encaminhada para a Governadoria e as secretarias da Educação e de Comunicação.
O sindicalista ressalta que as questões salariais, como a exigência dos 22,22%, permanecem como prioridades de negociação com o governo mesmo com a suspensão da greve. A assembleia que pode decretar o fim da paralisação no ensino será realizada na sexta-feira (3).
Pela manhã, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Educação (SEC) informou que o governo mantém a proposta já feita anteriormente, dois avanços de 7%, somados ao reajuste de 6,5% dado a todos os servidores do estado no início do ano.
Intermediação do MPT
O Sindicato dos Professores encaminhou na manhã de terça-feira (31) um pedido ao Ministério Público do Trabalho na Bahia para que o órgão intermedeie as negociações junto ao Governo do Estado. O coordenador geral do sindicato, Rui Oliveira, informou que ainda aguarda a resposta do Ministério nesta quarta-feira (1º).
O Sindicato dos Professores encaminhou na manhã de terça-feira (31) um pedido ao Ministério Público do Trabalho na Bahia para que o órgão intermedeie as negociações junto ao Governo do Estado. O coordenador geral do sindicato, Rui Oliveira, informou que ainda aguarda a resposta do Ministério nesta quarta-feira (1º).
De acordo com informações da Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª Região, a solicitação foi recebida e o órgão tenta manter contato com representantes do governo, para que possam iniciar as negociações. Procurado pelo G1, o secretário de Comunicação, Robinson Almeida, afirma que o governo já está ciente da solicitação dos professores junto ao Ministério Público do Trabalho e que está disposto a sentar à mesa de negociação com os professores grevistas.
Entretanto, ele ressalta que o governo tem como parâmetro a proposta que foi apresentada pelo Ministério Público e Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Ao ser questionado sobre mudanças no documento que foi apresentado, ele afirmou que as alterações devem ser sugeridas pelos professores.
Entretanto, ele ressalta que o governo tem como parâmetro a proposta que foi apresentada pelo Ministério Público e Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Ao ser questionado sobre mudanças no documento que foi apresentado, ele afirmou que as alterações devem ser sugeridas pelos professores.
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