quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Greve dos professores: Wagner aceita pagar salários que cortou e anular demissões.




Salvador – Em correspondência enviada a APLB-SINDICATO, o Governo da Bahia apresentou uma contraproposta, na manhã desta quinta-feira (2), para a realização do acordo final da greve dos professores. Foram apresentadas clausulas econômicas, contidas na proposta de intermediação do Ministério Público Estadual (MPE) e Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
É o que informa nota da Secretaria de Comunicação Social (Secom). O coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, informou que ainda não recebeu a contraproposta do governo e que a assembleia da categoria programada para sexta-feira (3) está mantida. Rui acenou desde ontem com a possibilidade do fim da greve.
“Se o governo nos garantir, em documento, os itens já apresentados pela categoria, vamos suspender a greve e continuar o movimento. Nós queremos atestado em documento a segurança de que os demitidos durante a greve serão readmitidos, queremos a suspensão de processos contra profissionais em estágio probatório, devolução dos salários e da receita da APLB, e a retirada de todos os processos contra o sindicato”, afirmou.Professores participam de uma das assembleias.
Segundo a Secom do Governo do Estado, entre os itens da proposta do governo, destaca-se que, além dos reajustes salariais concedidos à categoria neste ano, que variam de 6,5% a 11,5%, o Governo irá conceder a todos os professores licenciados da carreira de Magistério, por meio de curso de atualização de práticas pedagógicas, promoção com ganho de 7%, em novembro de 2012, e nova promoção, também com ganho de 7%, em março de 2013”, diz a nota.
Pela contraproposta, o Estado encaminhará para revogação o artigo 3º da Lei 12.364, de 25 de novembro de 2011, que prevê reajuste de 3% e 4% para os meses de outubro de 2013 e de 2014, respectivamente. E qualquer reajuste salarial linear concedido aos servidores públicos, contemplará os professores.
As solicitações do sindicato relacionadas a demissões, processos administrativos, salários dos professores e repasses das contribuições sindicais foram aceitas pelo governo que somadas às questões econômicas se configuram como base do acordo.
“Para efetivação da proposta atual, é necessária a assinatura de concordância entre as partes, bem como o compromisso do sindicato em suspender imediatamente o movimento reivindicatório e os professores cumprirem o calendário de reposição das aulas”, conclui o documento enviado à APLB, com cópia para o MPE, TJBA e Ministério Público do Trabalho.

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