José Gonçalves, de 42 anos, é gerente em uma rede fast food localizada em um dos maiores e mais movimentados shoppings de Salvador. À frente do cargo mais alto na unidade, ele lidera uma equipe de quase 100 pessoas, é responsável por recrutamentos e treinamentos, além de organizar as ações do grupo, que atende em média 3.600 pessoas por dia. O empregado negro começou na empresa como atendente, há 21 anos, quando havia concluído apenas o ensino médio.
"Minha variação salarial desde que comecei chega a mais de 1.150%. Estou satisfeito com a minha remuneração, mas sempre busco melhorias. Faço pesquisas de salários da minha função em outras empresas do segmento e vejo que a minha [remuneração] está acima do mercado", comemora.
Vislumbrar o crescimento, segundo José Gonçalves, sempre foi prioridade. "Fiz graduação, pós-graduação e cursos na área de gestão", conta. Para ele, os principais fatores de reconhecimento foram dedicação e comprometimento. "Eu tenho que investir em comunicação, cobrar padrões, motivar e envolver as pessoas no trabalho. Ser negro nunca foi empecilho para conseguir ocupar este ou outro cargo através de uma promoção. Fui avaliado sempre pelos meus méritos, indistintamente", afirma o gerente.
José Gonçalves defende o plano de carreira da empresa, que encaminha a promoção de funcionários a partir da avaliação dos méritos, sem levar em consideração aspectos da cor da pele. "A minha empresa tem um plano de carreira sólido, que é capaz de fazer isso", avalia.
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