quarta-feira, 25 de julho de 2012

Greve só resiste em Salvador



Apesar da proposta de suspensão da greve, sustentada pela zonal do Cabula, os professores decidiram pela continuação da greve. A ideia de voltar às aulas e manter a categoria em estado de greve teve uma aceitação pequena entre os professores reunidos, ontem pela manhã, no Colégio Central, no bairro de Nazaré. A quase totalidade dos presentes optou pelo prolongamento da paralisação, que já dura 106 dias. Com o fim da plenária, os professores saíram em passeata até o Largo da Vitória. O anúncio da proposta de suspensão, pelo professor Erico Lima, que representava a zonal do Cabula – uma das dez regiões que aglutina escolas e professores de Salvador -, foi recebida com vaias e gritos de “ele é traidor”. Os apupos levaram o coordenador geral da APLB, Rui Oliveira, a assumir o microfone e lembrar a natureza democrática da assembleia. “Não esqueçam que somos educadores e o professor está aqui representando uma ideia de um grupo de professores”, repreendeu. A proposta previa a volta dos professores às escolas na quarta e na quinta para a preparação do calendário de reposição. Na sexta, o calendário seria entregue à Secretaria da Educação para que, em troca, o governo fizesse o pagamento dos salários atrasados. “Mas isso não terminaria o movimento, que continuaria em estado de greve”, ressaltou Lima. Rui Oliveira garantiu, no entanto, que não existe nenhum acordo com o governo para o pagamento dos salários atrasados no caso da volta às aulas, como estava previsto na proposta de suspensão. “A proposta é de um grupo de professores e, por isso, votamos democraticamente, mas as possibilidades que ela traz não têm sustentação no que foi debatido com o governo”, explicou.

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