quarta-feira, 2 de maio de 2012

Professores mantêm greve e decidem realizar feira de alimentos

Com frutas e verduras doadas por feirantes da capital baiana, os professores que estão em greve pela rede estadual de educação desde o dia 11 de abril prometem realizar uma feira de alimentos em plena Praça da Piedade (região central da cidade), na manhã desta quinta-feira, 3. Em assembleia realizada nesta quarta-feira, 2, a categoria decidiu manter a greve.
Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), Rui Oliveira, mais do que mobilizar o governo e a população quanto às reivindicações da categoria, o movimento chamado de Feira da Sobrevivência espera arrecadar recursos para ajudar os professores, já que muitos deles já estariam sem dinheiro para comprar os itens domiciliares básicos.
"O governo não apresenta critérios nem nos cortes. Em uma mesma escola, percebemos que alguns professores receberam metade do salário, outros um terço e alguns, nada. Fora que itens importantes, como auxílio maternidade, por exemplo, estão suspensos", argumentou. 
A realização da feira de frutas e verduras foi organizada pelos professores na manhã desta quarta-feira, 2, após a categoria decidir, em assembleia, realizada na Assembleia Legislativa da Bahia, que manteria a greve por tempo indeterminado. Cerca de três mil profissionais da educação participaram do encontro. 

Uma nova assembleia dos professores está marcada para a próxima segunda-feira, 7, no mesmo local. Nesta quarta, a paralisação da categoria completa 22 dias.

Ilegalidade - Conforme anunciado pela Secretaria de Educação do Estado, no último dia 18 de abril, os professores da rede estadual de ensino, que decidiram pela manutenção da greve, sofreram cortes de ponto por conta dos dias de paralisação.
Os cortes incluem todo o período da greve, contando com a data de início da greve. A medida cumpre uma decisão do Tribunal de Justiça, que decretou a ilegalidade do movimento. 
Os professores reivindicam 22,22%  de reajuste e não aceitam o parcelamento do aumento até abril de 2013. Sem acordo, o impasse continua entre o governo e os cerca de 40 mil educadores. A paralisação deixa 1,5 milhão de alunos sem aula em todo o Estado.
Do A Tarde online
Os professores já estão parados há 22 dias
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