quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Governo da BA não faz nova proposta, e parte da PM mantém greve

Não há orçamento para mudar proposta, diz assessoria do governo.
Afiliados da Aspra percorreram rua dizendo que greve continua.

Do G1 BA
O governador da Bahia Jaques Wagner não apresentará uma nova proposta aos PMs em greve, segundo informou a assessoria do governo do estado na noite desta quinta-feira (9). De acordo com a Secom, não há orçamento para ceder um aumento superior aos 6,5% propostos. O pagamento das Gratificações por Atividade Policial, as chamadas GAPs, que estão entre as reivindicações dos grevistas, também só poderão ser pagas a partir de novembro deste ano.
PMs decidem continuar em greve após assembleia na Bahia (Foto: Lílian Marques/ G1)
Embora a Assembleia Legislativa tenha sido desocupada nesta manhã após a permanência de grevistas desde o dia 31 de janeiro, a greve foi mantida durante todo o dia e até as 20h30 não tinha previsão de acabar. Policiais vinculados à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), grupo que liderava a ocupação, passaram o dia reunidos no Sindicato dos Bancários, no Largo dos Aflitos, em Salvador. Por volta das 20h os policiais deixaram o local cantando 'A PM parou' e 'Uhu, a greve continua'. Após a manifestação, o grupo se dispersou.
O comandante geral da PM, Alfredo Castro, participou na noite desta quinta-feira de uma reunião com cerca de 200 dos 1.700 membros da Associação dos Oficiais da PM da Bahia (AOPMBA). O encontro é realizado a portas fechadas no Hotel Fiesta, em Salvador. De acordo com a assessoria da AOPMBA, o comandante Alfredo Castro foi favorável ao término da greve em seu discurso. O grupo de PMs  vota a adesão ou não ao movimento ainda nesta noite, informou a assessoria. 
Negociação
Na tarde desta quinta-feira, uma reunião foi realizada entre três entidades que representam policiais militares da Bahia para decidir sobre os rumos da greve após a desocupação do prédio da Assembleia Legislativa nesta manhã, mas terminou sem acordo para encerrar a paralisação, segundo o sargento Jackson Carvalho, presidente da Associação de Sargentos e Sub-tenentes de Polícia Militar. Em entrevista ao G1, o sargento disse que foi elaborada uma nova proposta, que vai ser levada ao governador para que seja aberta a negociação.

"Fizemos um documento, que já foi encaminhado ao governador Jaques Wagner, para melhorar a proposta. Queremos que a GAP IV [Gratificação de Atividade de Polícia] comece a ser paga em março, em vez de novembro [como o governo propôs]. Um percentual em março e o resto em novembro. O governo decide como será a divisão do percentual", afirma o sargento Jackson. O governo do estado não se pronunciou oficialmente sobre a retomada de negociações, e as entidades programaram uma entrevista coletiva para a noite desta quinta para detalhar a atual situação da greve.
No encontro, estiveram presentes representantes de três associações de classe e, segundo eles, também o comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Alfredo Castro.
Sobre a GAP V, outro benefício específico da classe, que tem sido pedido pelo movimento grevista, o sargento relata que eles querem redução do prazo para início do pagamento, sem especificar detalhes. O governo prometeu quitar a GAP V entre 2012 e 2015. Ainda de acordo com o sargento, eles agora aguardam a resposta do governo para avaliar o fim da greve.

Além da reunião entre as entidades, cerca de 500 manifestantes, incluindo policiais que estavam na Assembleia Legislativa desde o dia 31, também discutem em um ginásio da capital baiana os rumos da greve

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